O fim das rebeliões que marcaram o início do ano nos presídios de Mato Grosso contou com a presença decisiva da advogada Betsey de Miranda, presidente da Comissão dos Direitos Humanos. Presente nas negociações diretas com os presos rebelados, a representante da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso foi um dos responsáveis pelo fim dos motins e pelo resguardo da vida de pelo menos cinco presos. A última negociação ocorreu neste fim de semana, no presídio Pascoal Ramos.
Outra visita foi realizada pela advogada no dia 20 de janeiro, no presídio do Carumbé, juntamente com o superintendente do sistema prisional do Estado, Noir Scheffer. Na data, a advogada recebeu as queixas dos rebelados, passando em cada cela. As reivindicações tratavam de assistência médica e hospitalar, melhoria na qualidade da alimentação fornecida, assim como informações sobre a tramitação de processos e revisão de penas.
A última solicitação foi enviada pela presidente da comissão da OAB via ofícios, remetidos a cada um dos presos. Também foram ouvidas as mulheres da unidade prisional Ana Maria do Couto. Entre os pedidos figurou o atendimento médico a uma criança em estado grave, de apenas dois anos, filha de uma presidiária vinda da Bolívia.
Betsey comemora as conquistas advindas das negociações com os rebelados e o sistema prisional do Estado, como a melhoria das refeições. "Acima de tudo está o respeito humano e a seriedade nas proposições que se faz. O que foi acertado tem que ser cumprido e cobro isso. É uma questão de confiança e credibilidade", declara.