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Presidente do Conselho Federal da OAB volta a defender reforma política

20/12/2006 19:54 | Solenidade

    O Brasil precisa de uma grande, efetiva e consistente reforma política. A afirmação é do presidente do Conselho Federal da OAB, Roberto Busato, durante entrevista coletiva concedida à imprensa, na solenidade de posse do presidente do Conselho Seccional, Francisco Faiad, nesta quarta-feira (20). Busato aproveitou a oportunidade para fazer um balanço das ações desencadeadas pela Ordem. De acordo com ele, nunca se falou tanto em Poder Judiciário como no ano de 2006.

    Prova disso foram às ações enérgica em combate ao nepotismo. A súmula vinculante foi outro ponto polêmico apontado pelo presidente. O poder Judiciário se transformou em uma torre de marfim impermeável, sem a presença do povo e sim daqueles desembargadores que chegam ao final de carreira.

    Sobre a questão do aumento de salário dos deputados, o presidente do Conselho Federal, acredita que esse aumento seja um ato imoral e extravagante e fez questão de lembrar, que esses deputados não recebem apenas o salário e sim as ajudas de custo no transporte, para correios, para telefone e outros.

    A cláusula de barreira foi apontada por Busato como uma falência do sistema político brasileiro. Para tanto, a medida seria a grande e esperada reforma política. Na última terça-feira, Busato entregou o ministro Tarso Genro, a proposta da Ordem de reforma política. Entre os pontos de mudança, acha necessária a adaptação do recall, ou seja, da cassação daqueles políticos que descumprirem a postura ética e moral adotada durante as campanhas políticas. Pretende alterar o mandato de senador de oito, para quatro anos e ainda, extinguir o cargo de suplente de senador. A fidelização partidária é outro ponto da reforma política. O que existe hoje, é um cinismo partidário. Um troca-troca desleal com a sociedade. De acordo com Busato, o ministro Tarso Genro se comprometeu dizendo que as propostas da Ordem para a reforma política, são as propostas do governo. Em fevereiro de 2007, o Conselho Federal fará visita a todos os partidos políticos solicitando adesão a proposta


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