O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Francisco Faiad, acompanhado do conselheiro estadual, Felício Ikeno e do secretário-geral do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, Luiz da Penha, estiveram reunidos com o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, Carlos Brito para cobrar ações enérgicas visando à captura do policial militar, Valtecir Costa, assassino da advogada, Andréa Carvalho Furtado Pereira, 30 anos, morta com três tiros, em plena atividade profissional, no mês de abril. Nós somos cobrados a toda hora pedindo uma solução para o caso. Queremos aumento de efetivo da polícia militar para o município de Tabaporã, que hoje está enclausurado com medo da violência, indagou Faiad.
O município encontra-se em um verdadeiro caos. Possui apenas cinco policiais militares para atender a população estimada em aproximadamente 15 mil habitantes. A situação é crítica. Para se ter idéia, a juíza de Porto de Gaúchos, que atende em Tabaporã, anda de viatura, com medo da violência, denunciou Ikeno, que era sócio da advogada, Andréa Carvalho Furtado Pereira. Queremos a quebra do sigilo telefônico do policial, pois já temos conhecimento de que ele anda pela cidade.
O comandante da Polícia Militar, coronel Campos Filho, que estava presente na reunião, afirmou que designou uma equipe para acompanhar o caso. A prisão requer paciência, mas posso afirmar que estamos com efetivo no local, em busca do assassino, frisou.
O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Carlos Brito, se comprometeu em ajudar a sociedade de Tabaporã, mas disse que a situação é difícil pela falta de efetivo. Dos seis mil policiais militares estamos com 4.500 atuando para atender o Estado interior. Para minimizar os efeitos da violência precisaríamos, de pelo menos, mais 800 policiais até o final deste ano, disse.
A situação em Tabaporã ainda é mais grave pela falta de juiz, promotor e delegado. Sem falar que não existe polícia civil no município. Atualmente é o delegado de Juara, Joaz Gonçalves, o responsável por atender Tabaporã, Porto dos Gaúcho e Novo Horizonte. A sociedade de Tabaporã, não pode continuar esquecida pelos poderes competentes, repudiou Faiad solicitando ainda a prisão do assassino da advogada Andréa Carvalho, como forma de dizer basta para a impunidade.
O diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, José Lindomar da Costa, afirmou que em agosto, com a conclusão do curso de capacitação, pelo menos 350 novos polícias civis estarão ingressando diretamente nesses municípios com altos índices de violência. É preciso cooperação e entendimento da sociedade, de que estamos atuando energicamente dentro do possível, para contribuir com um Estado mais seguro.